O investidor inteligente

Thiago Marques, atuário, MIBA n. 1507

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O investidor inteligente de Benjamin Graham é uma referência incontestável no universo dos mercados de capitais, sendo amplamente divulgado por renomados investidores, entre eles Warren Buffett, lançado em 1949, o livro é um guia valioso dirigido a investidores individuais, sejam eles profissionais ou amadores.

Benjamin Graham, nascido em 1894 na Inglaterra, estabeleceu-se nos Estados Unidos durante a Primeira Guerra Mundial. Graduado pela Universidade de Columbia aos 20 anos, ele iniciou sua carreira em Wall Street e, em 1926, fundou a empresa Graham-Newman, uma firma de investimentos. Mais tarde tornou-se professor na Universidade de Columbia, onde colaborou com David Dodd na produção de best-sellers como Security Analysis (1934) e The Intelligent Investor (1949). A influência de Graham ultrapassou as páginas de seus livros, com Warren Buffett tornando-se não apenas um leitor dedicado, mas também aluno e funcionário. Mesmo décadas após a publicação de O Investidor Inteligente, a obra continua a ser uma fonte relevante e atemporal de conhecimento no mundo dos investimentos.

Graham apresenta uma filosofia de investimento baseada na análise minuciosa do histórico das empresas para determinar seu valor intrínseco, destaca-se a importância de identificar empresas cujo valor de mercado esteja abaixo do valor intrínseco, proporcionando uma margem de segurança para o investidor.

O autor distingue investimento de especulação, enfatizando a análise profunda antes de tomar qualquer decisão, destacando a necessidade de proteção contra prejuízos sérios e a busca por desempenho adequado, não necessariamente extraordinário. Graham propõe diferentes abordagens para dois tipos de investidores: defensivos e empreendedores. O investidor defensivo, com pouco tempo para monitorar o mercado, deve buscar a diversificação em empresas sólidas e estáveis, enquanto que o investidor empreendedor, mais agressivo, deve dedicar tempo contínuo à pesquisa e ao monitoramento de ações. A temperança, virtude do autocontrole, deve ser exercida visando evitar os próprios impulsos e buscar uma margem de segurança, característica fundamental para o investidor inteligente. A estratégia defensiva inclui a diversificação em empresas sólidas, enquanto o investidor empreendedor deve buscar oportunidades em empresas subvalorizadas.

O investidor inteligente deve compreender os ciclos do mercado, permanecendo fiel à sua estratégia. A analogia de Graham com o Senhor Mercado destaca a importância de manter-se imune às flutuações emocionais e relacionar o valor intrínseco da carteira com as variações de mercado apenas quando indicar oportunidades de compra ou venda.

Em resumo, a obra O investidor inteligente oferece princípios sólidos e atemporais, orientando os investidores a adotar abordagens inteligentes, seja na busca por segurança defensiva ou na busca por oportunidades empreendedoras.

A École RPPS, na sua Aula 039, apresenta e disseca esse clássico da literatura mundial, considerado por muitos, ainda hoje, como o melhor livre sobre investimentos já escrito.

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