Thiago Marques, atuário, MIBA 1507
Tel. (85) 9 9989 6546
A gestão de riscos visa garantir a segurança e solidez das operações realizadas pelos Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS).
É um processo contínuo que deve ser estabelecido, direcionado e monitorado pelos responsáveis pela governança da instituição, o objetivo consiste em proteger os interesses dos segurados do RPPS, cuja renda futura depende em grande parte da sua boa gestão.
A gestão de riscos envolve a identificação, classificação por tipo de exposição, avaliação quanto à probabilidade de ocorrência e nível de impacto dos riscos que podem afetar a sustentabilidade de longo prazo do regime previdenciário.
Uma gestão de riscos adequada consiste em priorizar as principais ameaças, viabilizando o planejamento para responder adequadamente, anulando ou reduzindo drasticamente o impacto indesejado destas eventuais ameaças.
A gestão de riscos nos RPPS traz inúmeros benefícios, como por exemplo: i) o aprimoramento das práticas de controle interno; ii) a aplicação dos recursos passa a ser mais criteriosa na relação risco/retorno; iii) a comunicação torna-se mais efetiva com os participantes; e iv) a educação previdenciária passa a integrar uma ampla política de gestão do conhecimento.
Os dirigentes dos RPPS devem aprovar e revisar, sempre que necessário, a estratégia de gerenciamento de riscos do regime, evidentemente que devem contar com o auxílio de especialistas, como advogados, atuários e contadores. É preciso identificar, monitorar e controlar os fatores de risco que afetam os objetivos do RPPS, definir níveis aceitáveis de risco e estabelecer um processo de gerenciamento adequado.
Faz-se necessário considerar tanto fatores internos quanto externos, como a complexidade da estrutura organizacional, a qualificação técnica do seu quadro de pessoal, os possíveis cenário econômicos, eventual incorporação dos atuais avanços tecnológicos, etc.
Os gestores de RPPS devem constantemente monitorar o ambiente regulatório, econômico, financeiro e social, devem corrigir possíveis desvios por meio da adequação da estrutura organizacional, da formulação da política de gestão de riscos e do alinhamento duma necessária e urgente política de gestão do conhecimento.
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